terça-feira, 7 de julho de 2009

Palavra (En)Cantada

Sinopse:
"A partir da reflexão da relação entre a música popular e a poesia e literatura, o documentário usa depoimentos, performances musicais e trilha sonora a fim de esclarecer e refletir sobre o assunto. O filme apresentará imagens inéditas no Brasil, como a encenação de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, no Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França, em 1966. Merecem destaque também imagens raras, que foram restauradas pela produção do filme, de Dorival Caymmi, nos anos 40, cantando e tocando O Mar ao violão."

Crítica por Priscilla Santos, extraída do site Obvious:

"Para alguns estudiosos e observadores da literatura, a poesia se caracteriza por uma criação artística que existe sozinha: tem suas regras, suas formas, seus sons próprios e estes a fazem plena unicamente em si, podendo dispensar acompanhamentos. É comum que numa roda, reunindo esses mesmos estudiosos e observadores da literatura, lá pelas tantas, pelo quarto copo de vinho, alguém declare a sentença: Chico Buarque, por exemplo, não é poeta, é músico. A partir daí a conversa, antes consenso, vai virar uma discussão sem fim e depois de meses, dois ou três daqueles amantes das letras ainda estarão se odiando mortalmente. Fatalmente vão produzir alguns tratados que não nos tocarão em nada.

Palavra [En]cantada é um filme que ronda o mistério das palavras ditas e entoadas sem chegar perto desse tipo de debate onde um bom e velho veneno da vaidade academicista sempre mata um pouco mais a gente. Dirigido por Helena Solberg, com argumento de Marcio Debellian, o documentário segue uma reflexão a respeito dos momentos em que música brasileira e poesia convergiram.

Através do depoimento de grandes nomes da música nacional, Sodenberg nos leva a fogo brando pela história e escolas da música brasileira; dos morros cariocas à periferia de São Paulo, passando pela Bahia e pelo mangue pernambucano. O documentário parte da idílica existência dos trovadores, aqueles artistas medievais que inventaram a poesia musicada e a espalharam de tal forma que são considerados o marco zero da literatura como hoje a conhecemos. A partir daí nomes como Tom Zé, Lenine, Maria Betânia, Martinho da Vila, Lirinha do Cordel do Fogo Encantado, BNegão e o próprio Chico Buarque, vão falar sobre a presença da poesia em suas canções e dão versões sobre o porque e do como esses encontros acontecem."

Fui assistir sábado passado no Cinema da Fundação aqui em Recife e não poderia deixar de indicar. O filme é sensacional e indispensável para todos os amantes da música e da literatura brasileira!

Trailer:

Abertura do filme com a música Choro bandido (Chico Buarque e Edu Lobo):

2 comentários:

  1. Olha só, já viu isso? Encontrei no blog de uma amiga e lembrei de vc!
    http://www.youtube.com/watch?v=LPYD4YhsIqo&eurl=http%3A%2F%2Fcasadagzbel%2Eblogspot%2Ecom%2F2009%2F07%2Fria%2Dchico%2Ehtml&feature=player_embedded

    Bjss

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  2. Olá,

    Criei um blog há algum tempo sobre vários assuntos ligados a entretenimento e estou procurando parceiros para trocar links. Você estaria interessado?

    Desde já agradeço a atenção. Obrigado!

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