terça-feira, 3 de agosto de 2010

Marcas da Violência ( A History of Violence)

Há alguns dias postei uma notícia sobre o novo filme de David Cronenberg, sobre Freud e que terá Viggo Mortensen no papel principal do psicanalista. A parceria do diretor com o ator não é de agora, por isso resolvi dar a dica de um dos seus filmes que mais gosto. Marcas da Violência é como o título original diz: "A History of Violence". Cronenberg é conhecido por mostrar a violência nue e crua, fazendo isso com maestria. Existe uma certa arte nas cenas de violência de Cronenberg, e os extras desse DVD mostra bem o processo de maquiagem, técnicas e tudo mais que foi usado para os takes mais fortes. Marcas da violência é o tipo de filme que quando você acha que o diretor vai cortar a cena na hora de um tiro na cara, ou mudar o angulo, para apenas deixar a ação subentendida, ele mostra tudo. Vocês podem achar que é apenas mais um filme de violência gratuita, mas na verdade existe uma ideologia por trás disso tudo e uma ótima história e roteiro. Como diz Marcelo Hessel do Omelete:

"A escolha de Cronenberg para demarcar o novo mundo real não poderia ser mais palpável: sangue, fraturas expostas, agressões em close-up. Desde aquela rixa do colégio até o acerto de contas com o mafioso, todo conflito se resolverá com muito sangue, filmado sempre de modo muito veemente. Afinal, o Mal pode não ser bonito de se ver, mas de certo é mais honesto que o Bem."

Tom Stall (Viggo Mortensen) mora com sua esposa Edie (Maria Bello) e seus dois filhos na pequena cidade de Millbrook, no estado de Indiana. Formam o casal perfeito do interior. Certo dia, Tom percebe um assalto em andamento em seu restaurante e mata todos assaltantes para defender seus clientes, de uma forma extraordinária. Depois disso, passsa a ser visto por muitos como um herói e a mídia passa a incomodá-lo. Então chega na cidadezinha um homem chamado Carl Fogarty (Ed Harris) que diz que ele não é um herói e que na verdade ele não é Tom Stall. A ideia central do filme é essa: Tom é ou não é, quem diz ser? Com uma bela interpretação de Viggo, ele nos passa um sentimento de culpa e mistério, e a única coisa que ele sabe é que é fora dessa "vidinha de faz de conta", que ele encontrará a solução.

Nota: 8,5 (0 a 10)

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